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09/11/2011

PILHAS NA BOCA


            No campo da odontologia, reações de oxi-redução e fenômenos de formação de pilhas geram consequências importantes. O amálgama ( mistura de mercúrio-Hg, prata-Ag, estanho-Sn, cobre-Cu e zinco-Zn) usado em obturações, se torna suficientemente maleável para poder ser moldado na obturação e, em mais alguns minutos, ele se solidifica o suficiente para suportar a mastigação dos alimentos. Com esse tipo de obturação, se modermos acidentalmente um pedaço de papel de alumínio, poderemos sentir um choque no dente. Isso ocorre porque o alumínio fecha o circuito de uma pilha, provocando reações do tipo:
2Al  +  3 Sn+2  + 9 Ag  à  2 Al+3  +  3 Ag3Sn
            Nessa reação, o alumínio é o ânodo, o amálgama é o cátodo e a saliva funciona como uma solução eletrolítica. A corretne elétrica assim gerada atinge o nervo do dente, provocando a sensação de choque.
            O uso de metais ou ligas métalicas diferentes em dentes vizinhos pode também causar a formação de pilhas; nesse caso, não só o paciente poderá sentir choques na boca, mas também a corrosão das próprias restaurações odontológicas poderá ser mais rápida.

Chuva Ácida

06/10/2011

2011

Na 63ª sessão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)  foi aprovado e proclamado, para 2011, o Ano Internacional da Química, conferindo à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e à União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) a coordenação das atividades mundiais. O objetivo é a celebração das grandes descobertas e dos últimos avanços científicos e tecnológicos da química.
O Ano Internacional da Química tem como meta promover, em âmbito mundial, o conhecimento e a educação química em todos os níveis. Além da celebração dos inúmeros benefícios da Química para a humanidade, o AIQ tem como meta uma ação mundial sob o slogan CHEMISTRY FOR A BETTER WORLD (Química para um mundo melhor), coordenada pela UNESCO/IUPAC. Seu objetivo principal é a educação, em todos os níveis, e uma reflexão sobre o papel da Química na criação de um mundo sustentável.
            O Brasil, através dos órgãos representativos da Química Brasileira, une-se à UNESCO e à IUPAC para celebrar este acontecimento e também para apresentar um conjunto de idéias e ações destinadas à melhoria da educação e da pesquisa em Química no país. O conjunto de ações programadas pela SBQ é também uma maneira de congregar a comunidade de químicos brasileiros e, com isso, poder contribuir ativamente com o Programa Nacional de Ciência e Tecnologia. 



365 dias de Química, é um projeto dentro das comemorações do Ano Internacional da  Química 2011. A cada dia é apresentado uma entrevista  e uma molécula. Este projeto presta uma homenagem aos profissionais que escolheram a química para guiar seus sonhos.

20/03/2011

ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO

O urânio (homenagem ao planeta Urano) é um elemento químico de símbolo U e de massa atômica igual a 238 u apresenta número atômico 92 (92 prótons e 92 elétrons).O urânio é o último elemento químico natural da tabela periódica. É o átomo com o núcleo mais pesado que existe naturalmente na Terra: contem 92 prótons e 135 a 148 nêutrons. Quando puro, é um sólido, metálico e radioativo, muito duro e denso, de aspecto cinza a branco prateado, muito semelhante à coloração do níquel. Foi descoberto em 1789 pelo alemão Martin Klaproth. Foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade da radioatividade. O Urânio é utilizado em indústria bélica (bombas atômicas e espoleta para bombas de hidrogênio) e como combustível em usinas nucleares para geração de energia elétrica. O minério de urânio mais comum e importante é a uraninita, composta por uma mistura de UO2 com U3O8. O maior depósito do mundo de uraninita situa-se nas minas de Leopoldville no Congo, na África. O Brasil, segundo dados oficiais das Indústrias Nucleares do Brasil, ocupa a sexta posição no ranking mundial de reservas de urânio (por volta de 309.000t de U3O8O urânio encontrado na natureza, sob a forma de dióxido de urânio (UO2), contém 99,284% do isótopo 238U ; apenas 0,711% do seu peso é representado pelo isótopo 235U. Porém o 235U é o único isótopo existente físsil na natureza em proporções significativas. Quatro anos atrás, o Irã começou a enriquecer urânio em escala industrial com centrífugas, máquinas que giram extraordinariamente rápido para separar urânio 235 da forma mais comum do elemento, urânio 238. Raramente encontrado na natureza, o urânio 235 se divide facilmente em dois, desintegrando-se em energia atômica, seja em um reator ou em uma bomba. O combustível de reator nuclear geralmente é o urânio 235 enriquecido a 4% ou 5%, enquanto para se fazer uma bomba nuclear utiliza-se esse material enriquecido a pelo menos 90%. À medida em que o urânio vai sendo enriquecido, é preciso cada vez menos centrífugas para produzir urânio 235 cada vez mais potente. Por exemplo, uma usina pode precisar de 3.936 centrífugas para enriquecer a 4%, e apenas 128 centrífugas para enriquecer urânio a 90%. O motivo é que "está movendo muito mais material em níveis menores de enriquecimento e é a redução do material que torna o processo gradualmente mais fácil", a cada passo do trabalho das centrífugas, mais partes do urânio pesado são removidas, e o material restante, agora com uma concentração maior do isótopo mais leve, entra novamente no processo. Produção. Há 20 usinas de enriquecimento de urânio em operação no mundo. Só Israel, EUA, Índia, China, Paquistão, Reino Unido, França e Rússia. têm capacidade para fazer uma bomba.

09/02/2011

URÂNIO




O "yellow cake", pó amarelo usado na produção de energia nuclear

O enriquecimento de urânio que está no centro da controvérsia entre Irã e o Conselho de Segurança da ONU é o mesmo processo que o Brasil faz para geração de energia elétrica. Entenda como isso é feito e para que o Brasil usa essa tecnologia:

O que é o urânio?
 É um elemento químico encontrado na natureza. Do urânio retirado da mina, em forma de rocha, 99,3% é do tipo (ou “isótopo”) 238, o mais comum. O 0,7% restante é urânio 235, que é o que pode ser usado para geração de energia e para a construção de bombas atômicas. Após a extração, o urânio é processado e transformado em "yellow cake", um pó amarelo mais fácil de ser transportado.
Para que serve o urânio?
O urânio é um energético milhões de vezes mais poderoso do que o petróleo. No Brasil, 99% de sua utilização é voltada para a geração de energia. O 1% restante é usado para medicina e agricultura. Ele também é um dos elementos que podem ser usados para a fabricação de armas nucleares -- mas o Brasil não o utiliza para esse fim.
De onde o Brasil extrai urânio?

Atualmente, há uma única mina de extração de urânio no país, a mina de Caetité, na cidade de Lagoa Real (BA). Uma nova mina, em Santa Quitéria, no Ceará, deve entrar em operação nos próximos anos.

Onde há urânio no Brasil?

Pelo que se tem conhecimento, há urânio na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais. O governo brasileiro, porém, só tem estudos de 25% do solo brasileiro. Mesmo assim, o país tem a sétima reserva mundial do elemento. Ainda falta prospectar 75% do solo do país.

Como a substância amarela vira energia?

O pó amarelo é levado para uma espécie de refinaria para ser purificado e enriquecido com a dosagem de urânio 235 necessária para seu objetivo. O urânio (combinado com flúor) passa por uma centrífuga, que separa os átomos para obter uma porcentagem maior do urânio 235. Parar gerar energia elétrica, é preciso cerca de 3% de urânio 235 na amostra. Para o uso na medicina, é necessário 20%. Para construir uma bomba nuclear, é preciso 95%. Esse processo de aumentar a quantidade de urânio 235 é chamado de “enriquecimento de urânio”. Para gerar a energia em si, ocorre um processo chamado "fissão nuclear", dentro do reator de uma usina de geração de energia. Na prática: é a quebra do núcleo do urânio que gera energia.

Onde o Brasil enriquece o urânio?

A única usina no país de enriquecimento de urânio fica na cidade de Rezende (RJ). O pó sai da mina, passa por um processo de refinamento e vai para o enriquecimento.

Onde o país produz energia nuclear?

Após ser enriquecido, o urânio vai para as usinas nucleares. No Brasil, são duas: as usinas de Angra 1 e Angra 2, no Rio de Janeiro. Está em construção a usina Angra 3, também no Rio. Atualmente, entre 3% e 5% da energia brasileira vem das usinas termonucleares.

Fonte: Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Instituto de Física da UnB e Indústrias Nucleares Brasileiras (INB)